terça-feira, 4 de setembro de 2007

Ela e o buraco.

"Podia ter dito: sim!”
É o que pensava, enquanto
o buraco na rua
faminto, engoliu seu pé.
Talvez seria porque quisesse
que seus olhos enxergassem mais embaixo.
Uma visão que ela nunca tinha tido.
O buraco em natureza de ser


buraco
levou o olhar dela pra baixo sim.
Pro joelho dela, que ralado
Doía.
Era o dela!
Um buraco tímido,
novo talvez,
incomodava pessoas como ela,
que avistam só os grandes buracos.
Gente que olha por cima,
não vê o que o
horizonte camufla.


Tombos.
Ela podia ter dito sim,
ao buraco,
a vista,
a vida.
Mas o joelho dela doía.