sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Morfando.

A irmã menor ligou a máquina de centrifugar clima.
Tornados de açúcar me levaram ao purgatório do meu umbigo.
Uma vez lá eu não sabia cair pro lado de cá enquanto caia.
Teeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeta
Delllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllta
Allllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllfa
Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee....
Pronto.
Ventos faziam voar infinitos bilhetes do túmulo de Becket,
folhas de relva e um elefante.
Ah, nãoooooooooooooooooooooooooooooooooooooo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ouça, homem grudado ao céu:
quando de verdade sairá voando?
Quem ouve sua voz ecoando
da quente gaiola, lá, lá, lá.
Aqui, lá
Não há,
alguém e amém.
Então solte a mão do
seu fingido fantasma,
seu criador.
Aceita tua matéria
pois,  isto é real,
colossal,
natural,
animal,
sensacional.
Quando ver que
a vida com
seus perfumes fedorentos,
suas formas deformadas
seus sons insurdecedores
são a pura transcedencia
estará pronto para decolar.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Psensação

Queria falar de amor romântico
Mas pensando bem,
Deixa...
Deixo isso para quem sabe fazer melhor.
Pois falar de..., eu não sei.
Só sinto, e
sinto muito por não saber falar.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Ela e o buraco.

"Podia ter dito: sim!”
É o que pensava, enquanto
o buraco na rua
faminto, engoliu seu pé.
Talvez seria porque quisesse
que seus olhos enxergassem mais embaixo.
Uma visão que ela nunca tinha tido.
O buraco em natureza de ser


buraco
levou o olhar dela pra baixo sim.
Pro joelho dela, que ralado
Doía.
Era o dela!
Um buraco tímido,
novo talvez,
incomodava pessoas como ela,
que avistam só os grandes buracos.
Gente que olha por cima,
não vê o que o
horizonte camufla.


Tombos.
Ela podia ter dito sim,
ao buraco,
a vista,
a vida.
Mas o joelho dela doía.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Há volta

Cidade de ritmo de fim.
Gritos, discos, latidos, freadas, buzinhas, sirenes, espamentos.
Escapa ventos negros, pretos, cinzentos...
Um cinza colorido por papeis de bala.
Onde o tom é único
Objeto vira cor.
Lugar onde tudo é demais,
Fico parado.
Assim me sinto vivo.
Com a inércia saio da massa.
Destaco.
Louco, doente, insano, chocado, perdido, assustado
Ao susto,
Pessoas vivem.
Fico parado, porque uma formiga
É ser vivo.
Formigueiro é coisa.

Élá

Acordo e percebo
Que do alto de minha vaidade
No armário de minhas compotas
No susto da solidão
Ta lá você!
Como fiz isso em tão pouco tempo?
Se seu lugar era mais embaixo!
Lá, onde guardo a comida do gato.
Quem sabe um dia te encaixo
Em algum lugar de meu peito
Sim, sem mágoa nem despeito.
Quando limpas as fronhas que respiram.

Eu receio o meu gosto,
Por assim te querer bem.
Sadio quero te ver, sem bombas
Asfixiando com ar sua mente.
Eu quero te ver bem,
Mas não nas próximas 72 horas.
Só bem! Na verdade , só ver. Não sei!

Feliz sigo meu caminho de mãos dispostas
Eu as piso para não as machucar
E quem sabe um dia não te encontre lá!
Esperando o ar comprimido das pêras em conserva.

Cometar

Autor: Pietro, Pedro de Sabá

Num piscar de estrelas a cadente irmã se desfaz
E pelo céu inteiro se esvaiRasgando o seu com luz
Porém ninguém sabe que ela arde
Ela corre pra fugir de si mesma
Ela desaparece em seu próprio corpo
E por alguns segundos se destaca das suas
Sim ela brilha mais neste momento
Ela sente mais dor
Ela pode estar morrendo
E a morte de uma estrela irradia
Mais luz que o próprio sol.
Todos os desejos leva em sua calda...
Leva consigo são seus
E em breve de mais ninguém.
Aos poucos ela volta a se sentir nova
E volta a seu próprio princípio
Somente o pó das estrelas.