quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Élá

Acordo e percebo
Que do alto de minha vaidade
No armário de minhas compotas
No susto da solidão
Ta lá você!
Como fiz isso em tão pouco tempo?
Se seu lugar era mais embaixo!
Lá, onde guardo a comida do gato.
Quem sabe um dia te encaixo
Em algum lugar de meu peito
Sim, sem mágoa nem despeito.
Quando limpas as fronhas que respiram.

Eu receio o meu gosto,
Por assim te querer bem.
Sadio quero te ver, sem bombas
Asfixiando com ar sua mente.
Eu quero te ver bem,
Mas não nas próximas 72 horas.
Só bem! Na verdade , só ver. Não sei!

Feliz sigo meu caminho de mãos dispostas
Eu as piso para não as machucar
E quem sabe um dia não te encontre lá!
Esperando o ar comprimido das pêras em conserva.

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