terça-feira, 14 de agosto de 2007

Teias do tempo

O tempo é uma aranha
Que pacientemente tece
Rugas em volta dos olhos.
Ele marca a pele
Pra dizer por quanto ele está lá.
O tempo faz de moradia
a face abandonada por gosto,
e costura um manto
de tramas
Para cobrir o que já passou.
O tempo é uma aranha
Que pacientemente tece
Rugas em volta dos olhos.
Ele as gruda na pele
E faz de presa todas as
Lembranças,
Momentos de amor e de infância,
E nas horas de dor,
Ele acalca sua patas
Com mais ânsia,
Deixando ali o mais grosso fio,
O mais fundo risco
Que abriga a causa,
Indigna de esquecimento.
O tempo é uma exigente aranha
E preciosas teias são essas,
Feitas nos vivos, feitos de vida.

Dedico ao meu amigo Diogo que tanto apoio me dá para escrever. Te amo!

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