Donde viria essa mulher?
Viria da terra, a flor do cacto?
Verdeja sua umidade
e envolve as formas a agudeza
do espinho.
Tal Mandacaru, muitos braços,
fixo à terra ardente.
Mulher de alma agreste
e sonhos vazios.
Olhos rasos, não d'agua
dessa sobrou apenas o sal.
E corre em sua veias fortes
o vermelho da terra.
Seu inverno tem
a pino o Sol.
Ferve tal inferno o paraíso.
No fim da tarde dobram
os sinos, dos chocalhos.
As reses é que entoam
o som de fé e religiosidade.
Como o sino das igrejinhas
anunciam
mais um corpo que se curvou
aos pés,
da maravilha esplêndida
que é a vida sertaneja.
Pedro de Sabá
sexta-feira, 6 de julho de 2007
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