terça-feira, 3 de julho de 2007

Verbos você

E foi assim, primeiro veio o verbo, e verbos, e verbos...
E afogada neles, escrevi de vermelho seus lábios
Ainda não provados em meu espelho.
E era. Sua mão forte que não fraquejava
Quando entregue ao desejo de posse.
Quantas frases jamais imaginadas usavam-nos
Para se manterem vivas nos
Nossos sonhos cheios de pele.
E foi assim.
Senti o quente, quase picante sangue que dilatavam
As veias de seu pescoço e estas
Dançavam freneticamente
Ao pulsar de minha fria respiração.
Calafrios que nunca existiram.
Acabava que meus olhos cerravam-se em meu corado rosto
Imaculado pelo sal sagrado da vida.
E assim o verbo fez o ato e o resto.
Resto que sobrou de mim.

(Dedico ao meu Pequeno Principe)

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