segunda-feira, 2 de julho de 2007

Inreflexões

Quanto que cabe a minha loucura... se é loucura que me faz apaixonar por palavras, somente palavras. Sou tão tola, tão carente assim? Sou sim, e me orgulho por ser humana, não ter vergonha de ser repleta por ilusões, por sonhos e mágica. Mas... que solidão criada me vesti. Fiz de meu cobertor a escuridão do quarto... e lá me esquento de toda frieza deste mundo! Será que somente eu sinto isto? Quantas pessoas se fecham, se trancam e preferem ter como companhia sua própria respiração, que lhe conta como é estar vivo ainda.
Ainda penso que meu erro é pensar demais.
Após eu escrever a um amigo mais ou menos assim " poetas são seres humanos de domínio publico, e que no fim do fim as musas acabam por chorar... " ele me respondeu :
“Poetas, ó triste sonhadores, que quiçá nem musa real as tem, a sua musa é o que permeia a sua palpitante alma, bens de domínio público que com certeza atirariam na fogueira seus mais belos sonetos, quartetos e tercetos pra se esquentar do frio... sua musa é a noite, a música, o anjo, a lua, a infância...sonhar, sonhar...onde estão vós musas... tu és uma musa real! Uma musa de carne e osso que muito tem de poeta-poetisa e sonha também com um “muso”... as musas choram, os poetas choram sangue...as musas são parte dele, ambos sofrem, ambos amam, os poetas as faz existir, as musas os calam dentro do peito e gritam pro mundo inteiro o quanto dói tê-los e não tê-los. Amém. Per saecula saeculorum...”

Lindo o pensamento dele... um pensamento cheio de razões de ser assim.
Que infinita solidão divide nossos mundos, uma solidão optada. Que assim seja!

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